domingo, 5 de abril de 2009

'Maldita' subjetividade


Meu mundo é somente meu. Mesmo que eu queira, nunca poderás sentir exatamente como eu sinto.

Teu mundo é somente teu e ninguém mais tem entrada garantida nele. Mesmo assim, passo tempo me aventurando em adivinhar o que tu pensas e sentes.

Sim, meus pensamentos seguem em direção a ti, como ondas magnéticas que se propagam pelo espaço numa mesma direção, e eu fico, aqui, arriscando saber quem és. Na verdade, tento perceber-te além daquilo que meus olhos vêem. Quero e preciso saber o que existe aí, dentro de ti, em relação a mim.

Não pense, querido, que seja egoísmo. É que não consigo continuar nessa ansiedade de ficar nos imaginando sem saber se ao menos pensas em mim.

Queria tanto que pudesses entrar no fantástico mundo dos meus sentimentos e perceber o mundo que construí. Mas não penses que tracei um destino só nosso e que o que eu sinto seja amor. Não, baby, não é disso que estou falando.

Confesso que dentro de mim há uma mistura de sentimentos e no fim não sei, ao certo, o que estou sentindo. Mas depois de pensar tanto em ti, chego à conclusão que o que me impulsiona a estes pensamentos é a dúvida de não saber o que se passa aí, nesse teu mundo, culpa dessa tua ‘maldita’ subjetividade. É ela que não me deixa parar de sonhar de olhos abertos contigo.


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